O presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Iad Sholi (PSB), em busca de uma alternativa para a matriz produtiva da Barra do Quaraí, que gere trabalho e renda, esteve na sede da EMBRAPA, no RS, na cidade de Pelotas.
Na visita, manteve contato com colegas de formação acadêmica, e em especial com o engenheiro agrônomo, Enilton Fick Coutinho, coordenador do setor de pesquisas do cultivo de Oliveiras da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Atualmente o Brasil importa na sua totalidade o azeite e a azeitona. “Existe um grande mercado aberto que está despercebido, o cultivo de oliveiras propicia uma alternativa de negócio”, comentou o Enilton.
Iad Sholi chegou à conclusão que a vantagem de entrar no ramo de cultivo de oliveiras é que a cultura está no inicio, o mercado está aberto e disponível e, ainda o mercado brasileiro está aquecido.
O País tem gasto, anualmente 250 milhões de dólares diretamente com importações, sendo 100 milhões com azeite e 150 milhões com azeitonas. Os números retratam, contudo, que o negócio envolve mais de 800 milhões de dólares anuais, considerando os aspectos de transportes, distribuição e logística, e vai continuar crescendo nos próximos anos.
Enilton explica que para o Brasil torna-se auto-sustentável na comercialização de azeite e azeitona, é necessário, segundo estudos realizados, a plantação de 100.000,00 hectares da planta. No Brasil, atualmente há 600 hectares plantas, sendo que 400 no Estado do Rio Grande do Sul.
Atualmente, há cultivares que já começam a produzir a partir do terceiro ano. Em um hectare de oliveiras, se pode colher aproximadamente 10 mil quilos e vendê-los por mais de um dólar o quilo. “Pode-se falar em um faturamento de 10 mil dólares (cerca de 21 mil reais) por hectare”, calcula Enilton.
As plantações de oliveiras não são agressivas ao meio ambiente nem demandam grandes insumos.
O responsável pela área de pesquisas da Embrapa comentou que a empresa já tem um mapeamento sobre a área produtiva e Barra do Quaraí está no zoneamento realizado.